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Referendo: Berlusconi reconhece derrota em todos os itens

14 junho 2011

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, reconheceu, nesta segunda-feira, sua derrota em todos os temas votados nos referendos realizados no domingo e na segunda-feira. Os italianos rejeitaram, em massa, o uso da energia nuclear, a privatização do setor de abastecimento de água e a imunidade jurídica para o premiê, mostraram dados oficiais. De acordo com informações do ministério do Interior, com 83% dos votos apurados, o comparecimento às urnas estava em 57%, indicando que o quórum mínimo superior a 50% será facilmente alcançado. Segundo uma pesquisa prévia feita pela empresa EMG para o canal de televisão A7, o número final no que se refere à participação popular deve ficar entre 54,5 e 59,5%. Os referendos são considerados na Itália como um novo teste de apoio a Berlusconi após o revés eleitoral sofrido nas últimas eleições municipais, quando seu partido perdeu a Prefeitura de Milão.

As votações decidem sobre os impostos e a privatização do setor de distribuição de água, além de duas leis fortemente defendidas pelo premiê: a volta à energia nuclear e a adoção de um “escudo judicial” para o primeiro-ministro. Esta última é uma medida bastante conveniente para o governo, já que Berlusconi responde na Justiça por diversos crimes. Entre eles, abusar de seu poder e manter relações sexuais com menores de idade. Poucas horas antes do fechamento dos colégios eleitorais, Berlusconi, um dos principais defensores do retorno à energia nuclear, já havia dado por perdida a consulta: "A Itália deverá dizer adeus à questão das usinas nucleares e, portanto, teremos de comprometer-nos fortemente no setor das energias renováveis". A derrota de Berlusconi só vem confirmar ainda mais a vontade da maioria, de que a população não quer mais ele. Mas o dífícil é o próprio se convencer disso, já que mesmo com tantos escânalos e encrencas com a justiça ele ainda permanece no poder. Só quero estar vivo para ver o dia em que ele deixará o governo, se é que ele não pretende apenas deixar o cargo quando morrer.

 
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