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Bullying independe de classe social, aponta estudo

 Um estudo apresentado hoje pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), realizado em parceria com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), na Argentina, revelou que em escolas frequentadas por alunos de classes mais favorecidas a prática do bullying é mais recorrente. De acordo com o trabalho "Clima, conflitos e violência na escola", diferentemente do que se imaginava, os estudantes das classes mais vulneráveis socialmente não são necessariamente os mais violentos nas escolas. "O conflito não depende do nível sócio-econômico, não há nenhuma relação que diga que em uma escola de nível inferior tenha mais violência, disse a especialista em Educação da Unicef, Elena Duro em entrevista a ANSA. Segundo a estudiosa, "nas escolas de alto nível há maior violência verbal, maior [quantidade de] roubos e danos materiais nos estabelecimentos". Outros dados da pesquisa, que contou com 1.690 entrevistas de alunos do Ensino Médio, de 93 escolas públicas e privadas, dão conta de que 66% dos estudantes consultados presenciaram situações de humilhação entre eles mesmos, enquanto 71% presenciaram brigas entre colegas.

Nas escolas privadas, 13,2% dos alunos disseram que já foram alvos da crueldade de seus companheiros e 15,1% que foram satirizados por alguma característica física. Nas públicas, esses números são de 4,3% e 12,9%, respectivamente. Além disso, 23% dos entrevistados garantiram terem sido humilhados ou insultados pelos professores, diante de outros alunos. Outra questão apontada pelo estudo mostra um preocupante aumento da presença de armas de fogo dentro das instituições de ensino. Um total de 8,1% de estudantes de colégios públicos e de 2,5% de colégios privados afirmou que viram outros alunos com armas dentro da escola. Entre as conclusões, o trabalho demonstrou que "falta liderança" por parte dos dirigentes das instituições e considerou que a melhor forma de prevenir a violência é "construir uma sociedade mais justa e igualitária". A pesquisa também revelou que "os alunos pedem a presença dos adultos na escola" -- 60% vê a necessidade de impor limites -- e que quando "os docentes intervêem em assuntos vinculados à convivência os episódios de violência se reduzem consideravelmente". Ou seja, o fato é que não importa a classe social, o bullying deve ser combatido.

 
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