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ESCÂNDALOS POLÍTICOS CONTINUAM NA FRANÇA


A série de escândalos envolvendo o governo do presidente francês Nicolas Sarkozy ganhou mais um capítulo nesta terça-feira. Em uma entrevista a um site de notícias local, a ex-contadora de Liliane Bettencourt, herdeira do império dos cosméticos L'Oréal, afirma que a campanha eleitoral de Sarkozy, em 2007, recebeu uma doação ilegal de 150.000 euros em dinheiro. O líder francês já se pronunciou sobre o caso, classificando a denúncia, como uma "calúnia que só visa denegrir". A contadora foi identificada pelo site Mediapart apenas como Claire T. Segundo ela, o atual ministro do Trabalho, Eric Woerth, recebeu a quantia quando era tesoureiro do partido UMP (direita, no poder) para financiar a campanha de Sarkozy. Pessoas ligadas ao presidente qualificaram imediatamente a acusação de "totalmente falsa". Na entrevista, Claire T. também afirma que, na época em que era prefeito da cidade de Neuilly-sur-Seine, uma das mais ricas da França, Sarkozy era "um convidado habitual" da mesa dos Bettencourt e "também recebia sua parte". "Gostaria que o país se apaixonasse pelos grandes problemas atuais como a saúde, a organização da saúde, a aposentadoria, como criar crescimento, ao invés de embalar-se com o horror da calúnia, que só tem um objetivo, denegrir sem nenhum apoio na realidade", declarou Sarkozy em uma mesa redonda sobre medicina nas proximidades de Brie-Comte-Robert, sul de Paris. O presidente francês lamentou que atualmente "haja mais interesse pela pessoa que cria um escândalo do que pela pessoa que cura, que trabalha ou que constroi". Woerth está no centro de uma polêmica por ter sido ministro do Orçamento entre 2007 e 2010, período em que sua esposa administrava parte da fortuna de Liliane Bettencourt, a mulher mais rica da França, suspeita de fraude fiscal. Claire T. trabalhou para a herdeira da L'Oreal durante 12 anos, até novembro de 2008.
Alain Joyandet, secretário de Estado da Cooperação, e Christian Blanc, encarregado da pasta de Desenvolvimento da Grande Paris, apresentaram no domingo suas renúncias. Na verdade, foi o presidente Sarkozy e seu primeiro-ministro, François Fillon, que pediram para eles se demitirem, informou à AFP o porta-voz do governo, Luc Chatel, esclarecendo que a decisão ocorreu para que assumissem as consequências de "fatos ocorridos nestes últimos dias, os quais os franceses não entenderam nem aceitaram". As funções de Joyandet ficarão a cargo do ministro das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, e as de Blanc ficam nas mãos do titular da pasta de Espaço Rural, Michel Marcier. Alain Joyandet e Christian Blanc tinham sido alvo de críticas na imprensa por conta de seus excessivos gastos. Joyandet foi criticado em duas ocasiões durante os últimos meses pela imprensa: uma primeira vez em março, por ter alugado um avião privado por 116.500 euros para uma viagem ministerial a Martinica (Antilhas), e outra em junho, acusado de ter se beneficiado de uma permissão de construção ilegal para ampliar a casa que possui perto de Saint-Tropez, no sul da França. Já Christian Blanc foi muito criticado por ter gastado 12.000 euros em charutos cubanos às custas de fundos públicos. (Fonte: Veja)

 
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